segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Já não te posso telefonar
 
A neve caiu em abundância
E cobriu tudo de um branco diáfano
Cor tão pura e tão luminosa
Tudo ficou perfeito em meu redor
 
E entretanto veio o dia do teu aniversário
E eu que já não te posso telefonar
Fiquei com a garganta dorida de silêncio
À espera que a noite chegasse e me adormecesse
 
A noite deu-me um sono sem sonhos
E o meu corpo deu voltas e mais voltas
Como se me quisesse enrolar
 
A pequena angústia que comigo se deitou
Afagou-me com tanto empenho
Que me acordou antes de me despertar
 

Ao meu Pai, com saudade
Paula Sá Carvalho, 10 de Dezembro de 2012

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