quinta-feira, 25 de abril de 2013

N° 25

Quieta está a cidade e eu desperta
Não sei por que motivo estou ainda
Com a porta de minha casa aberta
Na rua cruzada à Esperança infinda

Foram anos a ouvir sinos a tocar
A escutar melodias outros tantos
Só a força da palavra veio alegrar
As entrelinhas destes prantos

Durante os Invernos sempre tão imensos
Aguardei impacientemente a Primavera
Vir perfumar os amanhãs de incensos
E colorir as pétalas de uma nova era

Que urgência impediu esta despedida
Que até a porta 25 ficou esquecida?



Paula Sá Carvalho, 25 de Abril de 2013

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Esta semana comemora-se o dia que há quase 4 décadas nos iluminou o caminho. Foi um esplendor de luz! Infelizmente as pilhas foram ficando cada vez mais fraquinhas e ainda ninguém as substituiu por recargas em autogestão...
Este poema que hoje aqui publico é dedicado aos que quase sempre duvidam, muitas vezes querem acreditar, mas sabem, ah como sabem!, que os pulhas que governam a nossa existência só fazem sombra onde não devem. 
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Querias sorrir num mundo ideal
Com gente a sério a acompanhar
Rende-te à evidência que não há
Com uma mão tiram o que a outra dá

E é assim que esta fauna se sacia
Sempre à cata de uma nova sangria
Mesmo inventando remédios e curas
Não há mezinha para estes usuras


Paula Sá Carvalho, 2013