quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Por vezes sinto-me assim...

PROMENADE

Os malabarismos do corpo
Em nada são comparáveis
Aos malabarismos do espírito
É por isso que estática
Me passeio pelo dia-a-dia
Do meu calendário existencial

Paula Sá Carvalho, 2012

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Escrevi este poema em Junho de 2010 após a morte de Saramago. Foi a minha muito pequenina homenagem a um autor que me ajudou a crescer e a tornar-me melhor. Hoje decidi publicá-lo neste espaço e partilhar o valor destas palavras

A homenagem possível

O poema possível é aquele
Que deixa crescer a palavra
Com sangue riso e lágrima

O poema possível é aquele
Que ritma ao som da voz comum
Aquele que não é só mais um

Como posso homenagear a voz
Que deu tanto corpo aos invisíveis
Que criou as personagens possíveis
Eu tu aquele aquela somos nós

Que cimentámos todos os monumentos
Que erguemos todas as barreiras
Com a tua pena fomos por momentos
Reis e rainhas de todas as fileiras

Paula Sá Carvalho, 2012

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

De há uns dias para cá sinto-me assim. Sei que não estou só... Aos que me acompanham nesta estrada, dedico este poema.


GEO INDECISA

Tento recuperar-me
Do irrecuperável
Sentir é uma estrada sem destino
Com muitos cruzamentos
Perigosos

Paula Sá Carvalho, 2012