Limpezas de Primavera...
Lavandaria
Aqui lava-se de tudo
Limpa-se bastante tambémA sujidade do Mundo
E aquela que vai além
Não há nódoas maiores
Nem cheiros por eliminarPois limpamos os piores
Que entranhados possam estar
Fazemos limpeza geral
E somos muito eficientesDaqui o belo nunca sai mal
Nem o frágil em pentes
Só as almas não limpamos
Pois não há sujidade nas purasE as outras nem se esfregamos
São de matérias mui duras...
Não há modo nem temperatura
Que elimine tal sujidadePodemos só criar alvura
Em seres de mui qualidade
Se só para isso servem
Então estão muito incompletos
Pois há tantos que fedem
E de merda estão repletos
Pensava caminhar no futuro
Já aqui não venho maisNão basta limpar o que é puro
Isso é trabalho de ancestrais!
Paula Sá Carvalho/Março 2015
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