Naquela casa amarela
Havia janelas
Viradas a Sul
Cortinas meticulosas
Na transparência para o verde
Do jardim
Havia cadeiras
Onde sentados a pensar no futuro
Os nossos membros
Entorpeceram
De saudade do não vivido
E a mesa rectangular
Onde marcámos os cotovelos
Desencontrados
Só servia para esquecer a fome
Do que nunca cozinhámos
Do passado
…
Paula Sá Carvalho
AGOSTO 2020
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