INTERVALO
Faço muito intervalos na minha
existência
Uns são longos outros são mais
brevesMas todos eles me devolvem a essência
Que habita os corações mais leves
Pudera eu ser somente um intervalo
Pois entre o que tenho e o que
desejoHá o fosso de um mundo a cantar de galo
Porque não censura em tudo o que vejo
Disseram-me sempre que os castelos
São do ar feitos e mais que
rarefeitosEu teimosamente prefiro ver belos
Mesmo a fealdade de alguns
trejeitos
Que querem já nasci assim e entãoGosto de sorrir com os olhos e com o coração
Paula Sá Carvalho, Novembro 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário