Sem
"encore"
Já
pensei muitas vezes
Com
os meus botões
Ou
sem eles…
Que
morrer é só e unicamente
Deixar
de ser
Palpável
Num
beijo
Num
abraço
Dos
que amamos
Deixar
de ouvir
Em
cantata
Ao
ritmo do Fado
Do
rock
Ou
dos passarinhos
As
vozes que amamos
Deixar
de ver
A
cor a variar
Nas
estações que cíclicas
Nos
despertam o ócio
Espreguiçado
Nos
perfis que amamos
Deixar
de tocar
O
espaço
Preenchido
por ternuras
Aveludadas
Aveludadas
E
outras loucuras
Nas
mãos que amamos
Deixar
de saborear
O
petisco de estar viva
E
o apetite insaciável
De
ternas iguarias
Aromatizadas
Com
os gestos que amamos
Deixar
de sentir
O
cheiro a Sol
Terra
regada pela chuva de Verão
Passos
na praia
A
amolecer de calor
A
par dos passos que amamos
Entretanto
de tanto pensar
Cansei
os meus botões
Para
concluir humildemente
Que
morrer
É
antes de mais
E
sobretudo
Perder…
Paula Sá Carvalho, Junho 2018
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