Este Senhor Poeta dá voz ao desassossego como ninguém. Para todos os que se procuram - sabendo que o
encontro é quantas vezes uma miragem! - publico este poema
Entre o Sono e Sonho
Entre o sono e sonho,
Entre mim e o que em mim
É o quem eu me suponho
Corre um rio sem fim.
Passou por outras margens,
Diversas mais além,
Naquelas várias viagens
Que todo o rio tem.
Chegou onde hoje habito
A casa que hoje sou.
Passa, se eu me medito;
Se desperto, passou.
E quem me sinto e morre
No que me liga a mim
Dorme onde o rio corre —
Esse rio sem fim.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Entre mim e o que em mim
É o quem eu me suponho
Corre um rio sem fim.
Passou por outras margens,
Diversas mais além,
Naquelas várias viagens
Que todo o rio tem.
Chegou onde hoje habito
A casa que hoje sou.
Passa, se eu me medito;
Se desperto, passou.
E quem me sinto e morre
No que me liga a mim
Dorme onde o rio corre —
Esse rio sem fim.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Mar+rio=Foz assim entenderam chamar-me, escolhi o Mar como local para me realizar mas foi na Foz do Tejo que a minha vida tomou novo significado desassossego sim um Amigo referia isso relativo a mim como ser sossegado quando a nossa existência se revela inutil quando procuro o infinito e só encontro o imediato sei que o infinito existe mas a miragem corta-me o passo os rios procuram deseperadamente voltar a quem os gerou eu procuro fugir de quem me gerou recuso o espartilho das margens se tivesse nos meus momentos de "lucidez" diria que via três entre dois infinitos e isso era um sinal do quê pois a minha lucidez é ainda incompleta desejo ardentemente que ninguém leia os meus comentários assim poderei continuar em busca do infinito ou do 8 seja como for é inutil tudo é inutil porquê continuar se sei o resultado não sei mas quando souber digo-Vos
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