A janela
Só vejo a noite ainda arrefecida
E as luzes insistentes
Da cidade
Na calçada adivinho passos
E um burburinho crescente
A quebrar-me do silêncio
Portas a abrir e a fechar
O cheiro do café a beber-se
Apressado
Da minha janela
Adivinho o mundo
De gente que não conheço
Que tamanho tem a sua sombra
Que sinceridade encanta o seu sorriso
Que mágoas temem o seu olhar
Quantas mãos escondidas
No bolso das suas vidas
?
Paula Sá
Carvalho, Dezembro de 2015
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